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No início do século 20, o estado de Bengala é o berço do movimento de independência indiano contra o domínio britânico. Nikhil, um proprietário de terras brandas e espirituais convencido de que o tumulto que sacode o país pode ser resolvido pacificamente, logo vê a tensão irromper mesmo dentro das paredes de seu palácio. Quando sua esposa Bimala sai do isolamento do gynaecum para encontrar Sandip, um líder radical pronto para usar qualquer meio para obter a independência, ela é inevitavelmente atraída por seu carisma e suas idéias sobre o futuro do país. Surge assim um perigoso triângulo, no qual os dois homens, que representam duas formas diferentes de interpretar a causa indiana contra o imperialismo, tornam-se rivais mesmo no campo do afeto. Enquanto isso, Bimala, cuja consciência política vê seu anseio de emancipação feminina reavivado, terá que tentar resolver a oposição aparentemente irreconciliável entre "casa e o mundo". Com uma prosa elegante e refinada, o romance retrata um forte caráter feminino, envolvendo tanto emocionalmente quanto simbolicamente. Uma história de amor e romance político ao mesmo tempo, A Casa e o Mundo é um retrato vívido das tradições, costumes e conflitos que caracterizaram as vidas das mulheres na sociedade indiana do início do século 20. Este romance foi transformado num filme dirigido por Satyajit Ray, apresentado em Cannes em 1984 e nomeado para a Palma de Ouro. "Tagore é maior do que todos nós". W.B. Yeats
